sábado, 18 de fevereiro de 2017

Governo sanciona lei que estabelece a reforma do ensino médio

O governo sancionou na última quinta-feira (16/02) a lei que institui a reforma do Ensino Médio. O número de horas de aula vai aumentar. E o aluno vai poder escolher uma parte do currículo.
Um grupo do terceiro ano do ensino médio de uma escola pública de Brasília concorda que é preciso mudar.
“A gente vê que o ensino é o mesmo da década de 80, de 90. Não sei. E as coisas precisam, evoluir, precisam de uma melhoria”, disse o estudante Marcos Dutra.
Haroldo ainda está no primeiro ano. E está cheio de expectativas.
“A gente vai abranger um conteúdo maior e com ensino técnico a gente vai estar mais preparado, vai ter uma base maior para conseguir arrumar um emprego”, afirmou o estudante Haroldo Guimarães.
Pela reforma, 60% do currículo serão obrigatórios - matemática, português e inglês estão nessa lista. Filosofia, sociologia, artes e educação física também, mas vão entrar no currículo como conteúdo - nesse caso podem estar inseridas em outras disciplinas, como por exemplo “Filosofia” em “História”.
Os outros 40% serão definidos de acordo com a oferta da escola e o interesse do aluno. As aulas terão conteúdo das seguintes áreas: linguagens, ciências da natureza, ciências humanas e sociais e formação técnica e profissional. Também está nessa lista a matemática, porque o aluno pode optar por estudar mais e ter reforço nessa área. As escolas deverão oferecer ao menos uma das cinco áreas.
A carga do ensino médio vai passar das atuais 800 para pelo menos mil horas por ano. As escolas terão cinco anos para cumprir isso.
Até 2024, o ensino médio em tempo integral deve alcançar 25% das escolas. E aí será preciso mais dinheiro.
“Um dos maiores desafios que nós vamos ter é a questão da estrutura física das escolas. Nós vamos ter que ter investimento nas estruturas, na ampliação dos espaços físicos para a adequação da quantidade de alunos que nós temos hoje”, disse a diretora de escola Graça de Paula.
O relator da reforma no Senado afirma que as mudanças representam um avanço.
“O governo federal está priorizando as escolas com o menor IDH e menor nota no Ideb. Isso significa também uma política social. Vai permitir que as escolas possam oferecer melhores condições que estão oferecendo atualmente”, disse o senador Pedro Chaves (PSC-MS), relator.
O presidente Michel Temer sancionou a lei que institui a reforma nesta quinta-feira (16) numa cerimônia no Planalto. O ministro Mendonça filho disse que o governo vai apoiar os estados.
“Um programa de dez anos pelo menos e nos próximos dois anos nós já alocamos R$ 1,5 bilhão que serão suficientes para que a gente possa mais do que dobrar o número total de matrículas em educação em tempo integral no nível médio no Brasil”, disse o ministro da Educação, Mendonça Filho.
A reforma deve começar a valer em 2019. O governo agora corre para conseguir tirar do papel as mudanças e tornar o ensino mais atraente para os jovens.
Até o fim de 2017 será preciso definir a base curricular que será comum a todos os alunos. Esta base deve tratar da obrigatoriedade de outras disciplinas como biologia, química e física.

Fonte-globocom

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