sábado, 28 de março de 2015

Maior cratera causada por impacto na Terra é descoberta

Algumas vezes o universo se manifesta para demonstrar a sua enormidade e infinidade, além do quanto somos pequenos em comparação a ele. Um desses momentos foi em fevereiro de 2013, quando um asteroide colidiu com os Montes Urais, na Rússia, causando pânico na população, janelas quebradas e ferimentos em mais de mil pessoas.
O acontecimento surpreendeu os moradores da região e de todo o planeta, mas um especialista em asteroides, Andrew Glikson, da Australian National University, afirmou que poderia ter sido muito pior. Se apenas as pessoas percebessem o que os asteroides já fizeram a esse planeta.
Segundo Glikson, a evidência do que houve no passado está cravada na bacia de Warburton Leste, no centro da Austrália. O pesquisador encontrou no local uma cratera de cerca de 200 quilômetros de diâmetro. As dimensões surpreenderam o estudioso e o fizeram acreditar que representa uma nova descoberta.
“Esta é uma nova descoberta. E o que realmente foi incrível é o tamanho do terreno que foi atingido. O local tem um mínimo de 200 quilômetros, o que torna o terceiro maior sítio do tipo em qualquer lugar do mundo”, disse Glikson.
Andrew e outros especialistas acreditam que o impacto do asteroide com o solo foi sentido em todo o planeta, mudando a situação da vida e expelindo uma grande quantidade de poeira na atmosfera, bloqueando a luz solar e iniciando a era do gelo.
Algumas questões ainda ficaram no ar. O asteroide teria se partido no ar antes de se chocar com a Terra? O impacto foi mais amplo do que os 200 quilômetros de diâmetro? Poderia ter sido muito maior?
Agora, dois anos depois da descoberta, Glikson acredita ter a resposta. O resultado foi publicado no jornal de geologia Tectonophysics.

“Aparentemente são duas grandes áreas, com cada uma delas com cerca de 200 km de diâmetro. Assim, juntos, eles formam uma estrutura de 400 km que é a maior conhecida no mundo. Esse asteroide pode ter sido o causador de um grande evento de extinção em massa na época, mas nós ainda não sabemos a idade deste impacto e ainda estamos trabalhando nisso”, explicou Glikson.

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