quarta-feira, 30 de julho de 2014

Brasileiros criam teia de aranha sintética



Por essa, nem o Homem-Aranha, super-herói dos quadrinhos, esperava. A fabricação de teias de aranha em laboratório é realidade para pesquisadores brasileiros, que, no futuro, podem também fazê-las crescer em plantas.
A pesquisa é desenvolvida na Embrapa Recursos Genética e Biotecnologia, em Brasília, e liderada pelo pesquisador Elíbio Rech. Ele explica que a teia de aranha é um produto com alta aplicabilidade comercial e a forma como pode ser produzida define o conceito de sustentabilidade e uso racional da biodiversidade.
"Nós não precisamos mais entrar na floresta para pegar nenhuma aranha. Você vai lá, conhece as propriedades, pega alguns poucos organismos, retira o que precisa e nunca mais volta, você faz sintético. Esse é o caminho real de sustentabilidade, usar a tecnologia para que você não tenha que devastar a floresta para isolar um determinado composto", disse o pesquisador.
A pesquisa da Embrapa começou em 2003 com a prospecções na Amazônia, na Mata Atlântica e no Cerrado de aranhas que produzem fibras e o mapeamento genético das glândulas que produzem as proteínas que vão dar origem à seda da teia.
Segundo a pós-doutoranda da Universidade de Brasília (UnB) Valquíria Lacerda, que trabalha no projeto, a criação em laboratório das proteínas da aranha é feita pela bactéria Escherichia coli. "Ainda não existe um organismo ideal para produzir em grande quantidade. Tem pesquisadores que já colocaram em células de mamíferos, de insetos, em bactéria, o mundo inteiro ainda procura uma biofábrica ideal para fazer extração reduzindo o custo desse material", disse a bióloga.
O passo seguinte consiste na extração das proteínas. Para isso, a massa de bactérias E. Coli é diluída em meio líquido e as proteínas de teia de aranha são resgatadas com uma sequência de DNA específica. Com auxílio de uma seringa especial que simula a espirineta (órgão da aranha que expele a teia), os pesquisadores vão liberando e enrolando a fibra.
"Da última vez, de 100 microlitros, que é a décima parte de um mililitro, conseguimos fazer um fio muito grande, foram mais de 10 metros, rendeu bastante", contou Valquíria, explicando que as fibras de teia de aranha natural podem variar de 2 a 4 nanômetros e a produzida na Embrapa tem em torno de 40 nanômetros. "De 20 a dez vezes mais espesso do que encontramos na natureza, o que pode ajudar a ser mais forte", destacando que os próximos passos envolvem testes de extensão e resistência.
Para explicar os possíveis usos dessa fibra, o pesquisador Elíbio Rech faz a comparação com o plástico, ou seja, serve para quase tudo. "É um material novo que tem duas características, flexibilidade e resistência, e também é biodegradável. Ele tem uma característica física que permite um melhor desempenho para tudo."
Pode ser usado na produção de tecidos, em fios para sutura, para quem tem alergia ao nylon, por exemplo, e também em nanopartículas para o endereçamento preciso de drogas e medicamentos no corpo humano.
Também em composições metálicas e plásticas para placas e peças de aviões e para os cascos de navios. "Qualquer material que dure mais vai reduzir o custo de manutenção. Ao conseguir fazer com que um material trabalhe mais e seja mais leve, você também reduz o gasto de combustível, reduz emissão de gás carbônico na atmosfera, então tem todo um ganho direto e indireto do uso de um material como esse", disse Rech.
Além das inúmeras aplicações e benefícios para o desenvolvimento de diversos setores da economia, o fato de os estudos serem baseados em aranhas brasileiras permite agregar valor à biodiversidade nacional.
Segundo Rech, a tecnologia da produção de fios de teias de aranha já está dominada. O próximo passo é definir um meio econômico, rápido e seguro para a sua produção em larga escala. "O nosso interesse era juntar as duas coisas, que nós possamos produzir essa fibra, que está sendo feita hoje em bactéria, em uma semente de soja ou em outra planta, de forma a reduzir o custo de produção."
Os pesquisadores já fizeram testes preliminares para introduzir em plantas, mas precisam de mais pessoas para compor o grupo. "No setor público temos dificuldade em manter os grandes cérebros, as pessoas vêm, ficam um tempo, recebem outras propostas e acabam saindo. Isso não é ideal para o projeto, mas faz parte da formação, o país ganha com isso", disse Rech.
Para o pesquisador, a empresa pública já cumpriu seu papel de gerar um ativo tecnológico ao produzir essas fibras em bactérias. "Esse é um potencial produto muito importante, agora o setor privado tem que fazer a outra parte, escalonar e transformar isso em um produto comercial. Ainda precisamos reduzir um pouco o custo de produção, nós saberíamos como fazer, também com outro laboratório e equipamentos, mas, como eu disse, faltam pessoas para colaborar com a gente."
A utilização de plantas, micro-organismos e animais geneticamente modificados como biofábricas é estudada para a produção não apenas desses fios, mas também de medicamentos e outros insumos essenciais à população.
Na Embrapa Recursos Genéticos e Biotecnologia são desenvolvidos estudos em plantas de soja transgênica capazes de produzir o fator 9, uma proteína responsável pela coagulação do sangue. Os hemofílicos não produzem essa proteína e precisam dela para melhorar a sua qualidade de vida.
Também há a soja com gene que estimula o hormônio do crescimento (GHC) e plantas transgênicas para combater a aids. "A soja é uma planta realmente maravilhosa porque é uma semente que tem 40% de proteína e o restante de óleo", disse Rech. "Você tem uma semente e um sistema de produções fenomenais. É imbatível."
Segundo a Embrapa, o faturamento da biotecnologia na indústria farmacêutica mundial cresceu muito nas últimas décadas e hoje alcança aproximadamente US$ 10 bilhões ao ano. Os produtos biotecnológicos estão em franco desenvolvimento e hoje alcançam 10% dos novos produtos atualmente no mercado.
Todas essas pesquisas são realizadas em parceria com outras unidades da Embrapa, instituições de pesquisa e universidades do Brasil e do exterior.
Fonte-uol

terça-feira, 29 de julho de 2014

O carro elétrico que utiliza água salgada como combustível



Os reguladores europeus de trânsito garantiram ao conceito QUANT e-Sportlimousine a autorização para ser testado em ruas públicas.
O modelo possui a tecnologia nanoFlowcell AG, dotada de uma bateria química que usa água salgada para produzir energia elétrica e movimentar o carro com tração integral.

Com peso de 2.300 kg, o carro possui quatro motores de indução trifásico, um para cada roda, que podem gerar em conjunto cerca de 900 cavalos de potência.
Com aceleração de 0 até 100 km/h em 2,8 segundos, e velocidade máxima de 378 km/h, o QUANT e-Sportlimousine tem, segundo seu fabricante, autonomia de cerca de 600 km.
“Agora que conseguimos a aprovação para testá-lo em ruas públicas na Alemanha e Europa como um todo, podemos entrar no planejamento detalhado com nossos parceiros, acrescentando um novo capítulo ainda mais excitante para o futuro da mobilidade elétrica”, comemorou o Oficial Técnico Chefe do carro Nunzio La Vecchia.
Revelado originalmente no Salão do Automóvel de Genebra, na Suíça, o QUANT e-Sportlimousine tem 5,25 metros de comprimento, 2,2 metros de largura e 1,35 metro de altura, calçado com rodas de 22 polegadas e portas gaivota.

Exército: monitoramento de movimentos sociais

Por ordem do alto comando, o Centro de Informações do Exército (CIE) vai se reestruturar e terá papel ativo com atuação prioritária em operações de inteligência, contra-inteligência e monitoramento de movimentos sociais e subversivos. Haverá investimento em tecnologia, diante da ameaça de terrorismo virtual. A readequação era planejada há anos e surge na esteira da convulsão de atuações de black-blocs, sem-teto e sem-terra com atividades similares a guerrilhas urbanas e rurais, diante de provas de ligações destes grupos com organizações criminosas das grandes capitais.
Há mais de 20 anos, segundo fontes, a atuação do CIE vinha se limitando a clippagem de notícias e investigações internas do Exército. O setor era forte no regime militar.
A assessoria do Exército confirma a reestruturação do Centro de Informações, mas, por motivos óbvios, não informa detalhes nem de como vai atuar daqui para frente.
Fonte-opiniao

segunda-feira, 28 de julho de 2014

MOCHILAS À PROVA DE BALA



Os casos de tiroteio nas escolas (o massacre de Universidade Técnica de Virgínia, em 2007, perdura como o mais grave ) obrigam os americanos a cada dia a melhorar a segurança dos alunos. Na Califórnia uma ex-policial criou a AttachaPack, uma linha de mochilas  escolares à prova de balas.
Nos Estados Unidos a procura por cobertores e roupas também resistentes à prova de bala têm aumentado e as mochilas surgem personalizadas, com escudos protetores que pesam menos de 1 quilo, em diferentes tamanhos e que podem se colocados em bolsas e pastas.
Os produtos de segurança direcionados a estudantes são fabricados nos Estados Unidos já algum tempo. As mochilas custam entre US$ 49,99 e US$ 69,99 dólares, em torno de R$ 110 e R$ 155 reais.
No mesmo padrão de segurança foram criadas também bolsas e garrafas d’água. Com relação à mochila, apesar de personalizadas, o nome da criança e ou adolescente aparece em lugar não visível, justamente com o objetivo de que estranhos não estabeleçam intimidades.
Entretanto, apesar de toda a linha criada visando a proteção na escola, muitos país americanos são céticos aos produtos, alguns inovadores, e principalmente às mochilas.

sexta-feira, 25 de julho de 2014

Fundação de Bill Gates: aborto não!



“Garantir a gravidez segura e saudável é um enfoque que funciona e salva vidas. (...) O tema do aborto deve ser tratado separadamente”: foi assim que Melinda Gates, esposa do milionário fundador da Microsoft, Bill Gates, quis declarar publicamente que a fundação que leva seu nome e o do marido (atendendo os EUA e outros 100 países em desenvolvimento) não financiará o aborto.
A mulher, que se casou com Bill em 1994 e teve três filhos com ele, confessou estar muito preocupada pelo impacto cultural e por todas as consequências surgidas a partir do debate na promoção do aborto. De fato, segundo ela, “corre-se o risco de obter o consenso em relação às práticas de planejamento familiar”.
O tema é claro: a Fundação Bill & Melina Gates, que conta atualmente com 40,2 milhões de dólares, pretende criar uma barreira entre a defesa da saúde da mulher e as práticas abortivas.
“Fizemos grandes progressos para as mulheres no tratamento pré-natal, no abastecimento dos anticoncepcionais e na promoção do cuidado e nutrição adequados para os recém-nascidos. Precisamos seguir em frente neste caminho. A única maneira de fazê-lo é ser claros, estar concentrados e comprometidos”, afirmou.

segunda-feira, 21 de julho de 2014

Metade das escolas públicas do Brasil não tem computador



Metade das escolas públicas do Brasil não tem computador para os alunos nem acesso à internet. No País, embora tenha diminuído em um terço o número de estudantes por equipamento - de 96, em 2008 para 34 em 2013 -, as escolas ainda enfrentam problemas de infraestrutura básica: falta banda larga, laboratório de informática e até energia elétrica.
Os dados são de levantamento da ONG Todos pela Educação, com base no Censo Escolar 2013, obtido com exclusividade pelo Estado.
Os números mostram que, atualmente, 48,1% das escolas públicas de ensino básico não têm computador para uso individual dos alunos. A situação, contudo, melhorou nos últimos anos. De 2008 a 2013, o total de unidades sem acesso à internet caiu de 72,5% para 49,7% e o de escolas sem banda larga, de 82,3% para 59,3%.
Apesar das melhorias, o País ainda está distante das metas de universalizar o acesso à banda larga e de triplicar a oferta de computadores por aluno na rede pública, previstas no Plano Nacional de Educação, recentemente aprovado no Congresso.
Esses patamares ainda estão longe de serem atingidos, principalmente no Norte e Nordeste, que apresentam profundas desigualdades em relação às demais regiões. Apesar de terem investido na compra de equipamentos e apresentarem a redução mais significativa no número de alunos por computador de 2008 a 2013 - saíram de 163 e 162 alunos por máquina para 48 e 42, respectivamente -, essas regiões ainda têm as piores taxas de alunos por equipamento. A Região Sul, com 21 estudantes por computador, é a melhor. Em seguida estão o Centro-Oeste (30 por 1) e o Sudeste (35 por 1).
Mas não basta apenas a compra dos equipamentos. Diversas áreas sofrem ainda com a falta de infraestrutura básica. No Norte, por exemplo, 82,9% da rede pública não têm banda larga e 23,7% estão sem energia elétrica.
Segundo a gerente de projetos do Todos pela Educação, Andrea Bergamaschi, é preciso ter cuidado para que a desigualdade tecnológica não aprofunde o descompasso de aprendizado entre as regiões. "A tecnologia tem de ser usada para reduzir a desigualdade, não para aumentar." Ela destaca a necessidade de articulação entre as Secretarias, quando, por exemplo, a escola não tem luz nem internet. "Se os equipamentos estão sendo comprados e não há estrutura, o que vai acontecer?"
Fonte-dp