domingo, 30 de setembro de 2012

Chip que poderá ser implantado no corpo coletará informações sobre estado de saúde


Cientistas da Universidade de Illinois, Estados Unidos, apresentaram esta semana dispositivos eletrônicos ultrafinos, que se dissolvem dentro do corpo humano. O material é biodegradável e pode desaparecer fisicamente após cumprir seu trabalho. Eles têm cobertura de seda, silício e óxido de magnésio.
A pesquisa que mostra sua composição e função estão disponíveis na edição da revista “Science” desta semana.
“Nós nos referimos a esse tipo de tecnologia como eletrônicos transitórios”, explica John Rogers, professor de engenharia da Universidade de Illinois e líder do grupo multidisciplinar de pesquisa.
“Desde o início da indústria de eletrônicos, uma meta perseguida por quem trabalha com a concepção de produtos é construir dispositivos que durem para sempre, com uma performance completamente estável. Mas, se você pensar na possibilidade oposta, em plataformas pensadas para desaparecer fisicamente e de uma maneira programada, então existem muitas outras oportunidades para você”, encerrou.
O silício é a base da maioria dos chips e ele se dissolve na água, mas com o tamanho dos componentes na eletrônica convencional, o processo leva séculos. A opção dos pesquisadores foi usar folhas extremamente finas de silício, chamadas nanomembranas, capazes de se dissolver em dias ou semanas. Como a velocidade do derretimento é controlada pela seda, os pesquisadores alteram o modo como este material é dissolvido.
Em breve o dispositivo será produzido em larga escala e pode ser usado no monitoramento ambiental, retendo materiais biodegradáveis. Mas a principal função prevista é em implantes médicos. Ou seja, colocado sob a pela de uma pessoa para coletar informações sobre seu estado de saúde.

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