sexta-feira, 4 de junho de 2010

Voluntários começam simulação de viagem a Marte de 520 dias


Seis voluntários começaram hoje uma simulação de voo a Marte que os manterá isolados do mundo durante 520 dias e que servirá para estudar a compatibilidade psicológica e a tolerância dos membros de uma tripulação durante um voo interplanetário.

"Comecem o experimento", ordenou Igor Ushakov, diretor do Instituto de Problemas Biomédicos (IPBM) da Academia de Ciências da Rússia, em cujo recinto se encontra o simulador de nave espacial.

Suas palavras foram respondidas com uma entusiasmada resposta "às ordens", pronunciada pelo comandante dos "viajantes interplanetários", o russo Alexey Sitev. Em seguida, os seis voluntários entraram no simulador, cujas portas foram fechadas.

Junto com Sitev, participam do experimento Marte-500 os também russos Sukhrob Kamolov e Alexandr Smoleevskiy, o ítalo-colombiano Diego Urbina, o francês Romain Charles e o chinês Wang Yue.

Todos eles compartilharão durante um ano e pouco mais de cinco meses os 550 metros cúbicos que somam os quatro módulos cilíndricos, que constituem o simulador.

Eles permanecerão isolados do mundo exatamente durante o tempo que leva o voo de ida e volta a Marte, 490 dias, mais outros 30 de permanência simulada no planeta vizinho.

Na fase "marciana" do experimento, será usado um simulador da superfície do planeta vermelho, de 1.200 metros cúbicos, ao qual sairão devidamente vestidos os participantes do experimento.

A Agência Espacial Europeia (ESA) e a russa Roscosmos lançaram em 2004 neste ambicioso projeto, ao qual se uniu posteriormente a China e no qual também colaboram outros países, como os Estados Unidos.

Em novembro de 2007, foi realizado um primeiro experimento preparatório no qual seis voluntários russos permaneceram isolados do exterior durante duas semanas, enquanto em julho do ano passado aconteceu um simulação de voo ao planeta vermelho de 105 dias.

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