sábado, 14 de novembro de 2009

Salvem a GVT das garras da Telefônica

O tiro de misericórdia contra a única boa empresa na telefonia brasileira foi dada hoje: os bancos brasileiros colocaram à disposição da Telefônica R$ 6 bilhões para comprar a GVT.

Na sexta, dia 19, a GVT vai a leilão na Bolsa de Valores, e apenas duas empresas se mostram com potencial para entrar na disputa: a famigerada Telefônica, famosa por tudo o que há de pior em matéria de defesa do consumidor, e a empresa francesa Vivendi.

A Telefônica está montando uma operação com possibilidade de sobrepreço, apenas com o interesse obscuro de acabar com a concorrência. Para quem não sabe, a Telefônica é a dona do serviço de qualidade zimbabuano, que atende pelo nome de Speedy.

E a Anatel não faz absolutamente nada. O Governo, pelo contrário, incentiva a formação de empresas mondrongas, a exemplo da BrOi, dando dinheiro do BNDES a baixo custo. E o consumidor que se dane.

Desta vez o Governo colocou o Banco do Brasil e o Votorantim, auxiliados pelo Bradesco e HSBC, para montar essa operação de capitalização da Telefônica. É o fim da picada ver o Governo alavancando uma empresa com objetivos de concentração de mercado, ainda mais em uma operação fora dos padrões do mercado, emitindo R$ 6 bilhões em notas promissórias que serão conversíveis em debêntures.

O alvo é justamente uma das poucas empresas que prestam o mínimo de decência no relacionamento com o consumidor, depois de anos de absurdos sucessivos, sem que nada fosse feito pela Anatel.

Uma agência serve justamente para gerenciar a concorrência do setor, estimulando com o objetivo de melhoria dos serviços, principalmente quando o mercado não dá uma solução adequada. Quando o mercado resolve dar uma boa solução via aumento de concorrência, a Anatel e o Governo batem palmas para a concentração.

É rezar até o dia 19.

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